7 passos para erradicar o analfabetismo
Conheça as melhores soluções encontradas pelas cidades brasileiras que estão conseguindo alfabetizar toda a população adulta
Ana Rita Martins (novaescola@atleitor.com.br), de Salvador, BA. Colaboraram Anderson Moço, de Niterói, RJ, Beatriz Santomauro, de São João do Oeste, SC, Paola Gentile, de Guajará, Itapiranga e Silves, AM, Paula Takada, de Porto Alegre, RS, e Rodrigo Ratier, de Curitiba, PR, e Blumenau, Jaraguá do Sul e Pomerode, SC
- 1. Encontrar quem precisa ser alfabetizado
- 2. Criar horários de aula para atender todos os públicos
- 3. Investir na formação dos professores da EJA
- 4. Combater os altos índices de evasão na EJA
- 5. Oferecer materiais didáticos adequados à faixa etária
- 6. Aumentar os investimentos na EJA
- 7. Incluir jovens e adultos com deficiência
1 Encontrar quem precisa ser alfabetizado
Num país com dimensões continentais como o Brasil, nem sempre é fácil chegar até quem precisa ser alfabetizado. E, mesmo nas áreas mais urbanizadas, onde o acesso aos iletrados é teoricamente mais fácil, a maioria das secretarias de Educação não dispõe de estatísticas confiáveis sobre quem são os analfabetos do município.
O método mais tradicional - usar a divulgação na própria escola para atingir estudantes em potencial - nem sempre funciona. "As campanhas de alfabetização têm resultados insuficientes porque o cartaz não é a melhor forma de atrair os possíveis alunos. Visitá-los, conhecer a realidade em que vivem e conversar é a melhor forma de chamá-los para estudar", afirma Sonia Giubilei, coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação de Jovens e Adultos (Gepeja), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Em Curitiba, a ideia bem-sucedida foi aproveitar o cadastro da Fundação de Assistência Social (FAS) para identificar os moradores de rua que não sabiam ler e escrever. Em regiões mais inóspitas, como Silves, a 330 quilômetros de Manaus, a "caçada" exigiu viagens de barco pela região (leia o destaque ao lado). "Depois que fomos atrás dos alunos e formamos a primeira turma, que deu certo, a procura aumentou", conta o professor José André Viana.
Porcentagem de analfabetos por região*
UMA VIAGEM EM BUSCA DE ESTUDANTES
Na cidade de Silves, AM, os 5 mil
habitantes se espalham por diversas
comunidades ribeirinhas. Por isso,
professores como Fernandite da Conceição
Fernandes Assis se deslocam de barco
para encontrar quem ainda não sabe ler e
escrever. A iniciativa contribuiu para que o
índice de analfabetismo caísse de 11,6%, em
2003, para 1,9%, em 2007, nível muito abaixo
da (ainda) vergonhosa média nacional
(veja o gráfico abaixo).
Na cidade de Silves, AM, os 5 mil
habitantes se espalham por diversas
comunidades ribeirinhas. Por isso,
professores como Fernandite da Conceição
Fernandes Assis se deslocam de barco
para encontrar quem ainda não sabe ler e
escrever. A iniciativa contribuiu para que o
índice de analfabetismo caísse de 11,6%, em
2003, para 1,9%, em 2007, nível muito abaixo
da (ainda) vergonhosa média nacional
(veja o gráfico abaixo).
Mais sobre EJA
REPORTAGENS
- Cidades brasileiras livres do analfabetismo
- Prática adequada aos adultos
- Ampliando os horizontes na EJA
ENTREVISTA
VÍDEO
ESPECIAL
O método mais tradicional - usar a divulgação na própria escola para atingir estudantes em potencial - nem sempre funciona. "As campanhas de alfabetização têm resultados insuficientes porque o cartaz não é a melhor forma de atrair os possíveis alunos. Visitá-los, conhecer a realidade em que vivem e conversar é a melhor forma de chamá-los para estudar", afirma Sonia Giubilei, coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação de Jovens e Adultos (Gepeja), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Em Curitiba, a ideia bem-sucedida foi aproveitar o cadastro da Fundação de Assistência Social (FAS) para identificar os moradores de rua que não sabiam ler e escrever. Em regiões mais inóspitas, como Silves, a 330 quilômetros de Manaus, a "caçada" exigiu viagens de barco pela região (leia o destaque ao lado). "Depois que fomos atrás dos alunos e formamos a primeira turma, que deu certo, a procura aumentou", conta o professor José André Viana.
Porcentagem de analfabetos por região*
* Na população com 15 anos ou mais. Fonte: PNAD 2008
Gostou? Então divulgue!
Esta matéria encontrei na Revista Escola. Achei interessante pois nas grandes capitais (como Rio onde eu atuo)existem ainda um número expressivo de adultos e jovens analfabetos.
ResponderExcluirTemos muito a fazer mas, o principal de tudo ainda é o investimento público nesta modalidade de ensino